O corpo humano é composto de 64% de solução salina chamada na medicina de “soro fisiológico” que é um bom condutor de eletricidade. A solução salina é chamada na eletrotécnica de “solução eletrolítica” que em contato com as células nervosas, gera bioeletricidade química. A cada batida do nosso coração (pulsação) produz-se uma corrente de um ciclo por segundo de um watt de potência elétrica dissipada. A potência elétrica e a resistência do corpo humano variam de um indivíduo para outro: dependem da constituição orgânica das células e da condutibilidade do corpo. Dessa maneira verifica-se que o ser humano é uma máquina elétrica! Somos constituídos dos mesmos elementos do Universo: Moléculas, átomos, prótons, nêutrons e elétrons. Matéria e Energia são a mesma coisa: Matéria é a condensação da energia; energia é a desintegração da matéria.

Segundo Einstein, todo corpo, em virtude da sua constituição atômica, possui um campo de energia eletro-magnética (aura do ser humano), fotografável pela câmara de Kirlian. O sistema nervoso constitui a rede de distribuição elétrica e as células são os semicondutores, funcionando à semelhança dos diodos e transmissores. A bioeletricidade pode ser detectada através do eletrocardiograma e do eletro-encefalograma. A tensão eletrostática gerada durante as 24 horas do dia pode ser medida por meio de um sensível voltímetro eletrostático. Para medi-la, o indivíduo pisa numa placa metálica na qual se liga o eletrodo negativo no voltímetro com a mão segurando firmemente no eletro do positivo. O instrumento deverá acusar leituras que variam de 5.000 a 20.000 volts eletrostáticos.

A resistência do corpo humano pode ser medida facilmente pelo aparelho chamado “ohmimetro”. A tensão eletrostática e a resistência do corpo humano variam de indivíduo para indivíduo e o instrumento poderá indicar leituras que variam de 500 a 500.000 ohms de resistência à corrente elétrica.

A condutibilidade varia com as características da pele: pele seca apresenta alta resistência, pele úmida apresenta baixa resistência. Analogamente, como se passa nos isoladores e condutores de eletricidade, o corpo humano acumula eletricidade quando a resistência é alta e descarrega eletricidade com facilidade quando a resistência é baixa. Uma das características mais marcantes do trabalho com o Tantra é a emoliência e a umidificação dos tecidos orgânicos. Reich observou que a estimulação orgônica no corpo humano aumenta naturalmente em até 30% o seu percentual de umidade relativa. Esses dois aspectos se fundem na produção de fenômenos sensoriais muito interessantes, relacionados ao orgasmo e ao prazer.

É indispensável para o ser humano manter o equilíbrio elétrico do seu corpo. O equilíbrio elétrico está relacionado com a saúde física, mental e emocional do indivíduo. Através dessa fonte elétrica, o ser humano funciona como uma estação de rádio, irradiando som e imagem, a semelhança da televisão. Se o ser humano se familiarizar com essa força elétrica individualizada, sua intuição e sua capacidade de se comunicar de forma não verbal se potencializam, através dos sentidos, usando dos atributos de sua percepção, como o fazem os animais que não vivem em cativeiro. Tendo a sua fonte de energia própria e estando familiarizado com ela, o ser humano é capaz de modular através do seu pensamento e irradiar simultaneamente, ondas eletromagnéticas contendo sinais de som e imagem. A questão dimensional transforma-se de maneira pluridimensional e a dimensão de tempo e espaço se alteram substancialmente, numa experiência denominada “estado alterado de percepção e de consciência”.